Pus-te lá fora. Fiz o luto. Recomecei. Dou-me por contente por hoje estar sol e por me apetecer sorrir. Bato com a porta no rabo de alguém. (ups! Desculpe...). Costas largas, daquelas onde apetece descarregar, ombros onde apetece chorar, cabelo curto quase comprido, braços de força nula, sorriso perfeito. Pena não gostar de gente simpática. Gente que sorri por tudo e por nada, gente que gosta de toda a gente, gente que só apetece esmurrar.
Mais à frente, faço planos. Agora tenho que trabalhar. Preencher páginas vazias, transformá-las em assuntos, em coisas, em porcaria. Tenho as unhas rijas, difíceis de quebrar. Tudo à minha volta continua na mesma. As mesmas histórias, as mesmas pessoas, é bom estar de volta. É bom voltar no dia em que te vi partir, em que te pus a andar.
O telefone toca incessantemente. A pessoa que o deveria atender não está. Já me dói o estômago de tanto barulho. Dou-me por contente por hoje estar sol e por me apetecer sorrir. Vou trincar qualquer coisa, antes que qualquer coisa me trinque. Dava-te uma trinca se não te tivesse mandado já passear. Se o arrependimento matasse, eu ainda estaria viva.
Vou escrever-te uma carta que precisa de resposta. Fico à espera, volto já!